Atividades vistas como mais suscetíveis são: compras online (35%), sites (33%), pesquisas on-line (23%) e serviços bancários online ou telefônicos (21%), aponta estudo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 86% dos brasileiros têm muito ou algum medo de ser vítima de fraudes
Altieres Rohr/G1
Uma parcela de 86% dos brasileiros têm muito ou algum medo de ser vítima de fraudes ou violações dos seus dados pessoais, mostra uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicada nesta sexta-feira (2).
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Apenas 13% expressam pouco (10%) ou nenhum (3%) medo. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 25 de junho, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país.
Entre os entrevistados, predomina a percepção (56%) de que os riscos existentes no fornecimento de dados pessoais a empresas e instituições superam os benefícios recebidos.
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Atividades mais vulneráveis
As atividades ou situações apontadas como mais suscetíveis para que empresas ou instituições acessem dados pessoais são:
Compras online (35% das citações);
Sites em geral (33%);
Pesquisas on-line sobre termos e uso de sites de busca (23%) e serviços bancários online ou telefônicos (21%);
Postagens e atividades nas redes sociais (17%);
Uso de aplicativos sobre localização física (15%);
Cadastros de serviços públicos (13%);
Conversas no WhatsApp e outros aplicativos similares (12%);
Jogos online (8%);
Compras presenciais (4%).
Tecnologia e riscos
Sobre o papel da tecnologia na proteção de dados há uma divisão entre os entrevistados. Enquanto 49% acham que o avanço da tecnologia facilita a violação, 46% acreditam que os recursos da tecnologia ajudam a manter as informações pessoais mais seguras.
Acesso de dados por empresas privadas
O acesso aos dados por empresas privadas e públicas é aceito em algumas situações, demonstrando que, em tese, as pessoas permitem a utilização de seus dados pessoais para melhorar a vida em sociedade.
Para prevenir ou evitar crimes (aceitável para 84%); prevenir fraudes e golpes com dados bancário (83%); prevenir fraudes e golpes em compras (83%); prevenir situações de suicídio e ajudar em casos de depressão (77%.); melhorar resultados educacionais (76%); desenvolver novos produtos e melhorar o atendimento aos consumidores( 73%); desenvolver pesquisas médicas e científicas (71%).
Acesso a dados pessoais
Predomina a percepção de que as empresas monitoram e acessam mais as informações dos seus usuários e clientes do que os governos.
Para 79% dos entrevistados, tudo (25%) ou a maior parte (54%) das operações que eles realizam de forma online ou pelo celular é monitorada ou seus dados pessoais são coletados por anunciantes e empresas.
Para 60% os órgãos públicos monitoram e coletam todas (20%) ou a maior parte (40%) das informações a partir das atividades das pessoas online ou no celular.
Controle e preocupação com seus próprios dados
A maioria das pessoas (53%) acha que tem controle – muito (14%) ou algum (39%) – sobre seus dados; mas há uma grande parcela (44%) que acredita ter pouco (28%) ou nenhum controle (16%).
Apesar da maioria achar que tem controle sobre os seus dados, essa vigilância e captação de informações por parte de empresas e governos geram expressiva preocupação: 75% dos entrevistados se dizem preocupados como as empresas e instituições utilizam esses dados, percentual maior se comparado aos governos (69%).
Apenas 23% não estão preocupados ou estão pouco preocupados como os dados são usados pela iniciativa privada, sentimento próximo ao registrado em relação aos governos (28%).
O mito da privacidade
Para 59% das pessoas ouvidas a privacidade se tornou um mito, já que as empresas, de alguma forma, acessam os dados de seus usuários. Apenas 37% acham que essas informações só são acessíveis com o conhecimento ou consentimento das pessoas.
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