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Risco pandêmico em AL ainda é alto, diz pesquisador após nova flexibilização da fase vermelha

Por Naldo Cerqueira em 28/04/2021 às 12:11:17
Coordenador do Observatório de Políticas Públicas para Enfrentamento da Covid avalia que medidas são necessárias até que evidências mais robustas de controle da pandemia sejam verificadas. Movimento no centro de Maceió durante a pandemia do coronavírus

Reprodução/TV Gazeta

Alagoas continua, oficialmente, na fase vermelha, mas diversas regras do documento original vêm sendo flexibilizadas a cada renovação do decreto estadual. Questionado pelo G1 sobre o impacto dessas medidas, o pesquisador Gabriel Badué disse, nesta quarta-feira (28), que "o risco pandêmico em Alagoas ainda é alto e justifica a manutenção das medidas de controle até que evidências mais robustas sejam verificadas".

O Protocolo Sanitário de Distanciamento Social Controlado estabelece diretrizes e permissões durante a pandemia do coronavírus, determinando o que pode e o que não pode abrir, de acordo com a fase em que o estado estiver classificado — são cinco cores: vermelha, laranja, amarela, azul e verde.

"Esperamos que tais mudanças não tenham impacto na tendência de desaceleração observada na última semana para que possamos começar a observar novamente evidências de controle. Para tanto, é imprescindível a conscientização da gravidade da atual situação pandêmica que ainda é crítica e a responsabilidade de cada cidadão para o cumprimento das medidas de controle", afirma Badué, que é coordenador do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para Enfrentamento da Covid-19, da Ufal.

Para relaxar as proibições, o governo do estado considerou a redução de novos casos, mortes e de ocupação hospitalar, tendência observada também pelo Observatório. Contudo, os pesquisadores avaliam que seria necessário um intervalo maior de queda para garantir que a pandemia está sob controle.

"Essa desaceleração foi inicialmente notada na estabilização da incidência de casos que nas últimas semanas, com exceção da 15ª semana epidemiológica, ficou em um patamar próximo a 4.700 casos. Já ao longo da 16ª SE foi observada a primeira redução no número de óbitos em mais de dois meses, ainda que pequena, e queda na taxa de ocupação hospitalar, que se mantinha próxima de 90% há cerca de trinta dias. No entanto, apesar dos indícios apontados acima, os números registrados na última semana epidemiológica continuam em um nível alto", alerta.

Questionado sobre como avaliava a decisão do Estado em flexibilizar as regras, Badué disse que, "considerando que a matriz de risco, bem como os indicadores que a compõe, não são públicos, não temos como avaliar pontualmente a decisão do governo estadual".

O pesquisador lembrou, no entanto, que independentemente das proibições ou permissões dadas pelo governo, é essencial manter os cuidados pessoais básicos.

"O distanciamento social, a higienização das mãos e o uso da máscara continuam sendo fundamentais para vencermos essa batalha enquanto não atinjamos a imunidade coletiva, única forma efetiva de controlar a transmissão", afirmou.

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Fonte: G1AL

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