Além de Alagoas, a PF cumpriu mandados no Ceará e em São Paulo. Preso na Operação Espelho Branco 2 em Maceió foi levado para a sede da Polícia Federal
Reprodução/TV Gazeta
Uma pessoa foi presa no bairro da Jatiúca, em Maceió, durante uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (12) que investiga uma facção criminosa envolvida em lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Ceará. Além de Alagoas, a PF cumpriu mandados no Ceará e em São Paulo.
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A operação, batizada de "Espelho Branco 2", tem como objetivo desmontar um esquema de lavagem de dinheiro de crimes envolvendo chefes de uma facção com movimentação ilícita milionária no Ceará.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e mandados de sequestro de bens e valores em domicílios investigados em Fortaleza (CE), Eusébio(CE), Aquiraz (CE), Itarema (CE), Santa Quitéria (CE), São Paulo (SP) e Maceió (AL).
Foram apreendidos talheres de ouro e relógios em mansão de criminoso. As identidades dos presos na operação não foram divulgadas.
Segundo a PF, as buscas têm como objetivo apreender documentos e mídias para instrução de inquérito policial para individualização da atuação dos suspeitos, participação de terceiros e interpostas pessoas (laranjas), bem como levantamento integral e apreensão de valores e patrimônio ilícito movimentado, decorrente de lucros de crimes anteriores.
Identificou-se durante a apuração da PF uma teia criminosa com atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos através de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios; uso de documentos falsos e interpostas pessoas; reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi deflagrada em 11 de novembro de 2021, com a prisão de um chefe de facção e o cumprimento de mandados de busca em três mansões localizadas em condomínios de luxo na capital cearense e no Eusébio, município da Região Metropolitana. Um dos imóveis foi adquirido pelo suspeito em 2021, pelo valor de R$ 3,6 milhões.
De acordo com a PF, a partir da individualização da conduta e da colheita de indícios e provas na operação policial, os investigados poderão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas de até 40 anos de prisão.
A investigação apontou uma "teia criminosa com atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos através de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios”.
A Polícia Federal também informou que os investigados fizeram fizeram uso de documentos falsos, reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita.
O nome da operação remete às identificações falsas utilizadas pelos investigados. As investigações continuam, com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido.
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