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Consumidores e comerciantes buscam estratégias para manter poder de compra na hora da feira

Por Naldo Cerqueira em 26/03/2022 às 16:27:05
Alta nos preços tem forçado a substituição de produtos ou a compras em menor quantidade. Preços altos fazem consumidor optar por alimentos na hora das compras

A alta nos preços tem causado diversos transtornos aos consumidores. Algumas coisa subiram tanto de valor, que consumidores estão substituindo itens básicos por outros mais baratos, mas não para por aí. Comerciantes tem buscado alternativas para baratear o preço do produto na fonte.

Para alguns, o que tem pesado no bolso são os itens básicos, aqueles que estão nas mesas diariamente. “Um quilo de tomate a R$ 7, um absurdo. Um quilo de cenoura a R$ 10, beterraba a R$ 10, está um absurdo”, descreveu a aposentada Sandra Rosa.

Para outros a solução é reduzir a compra à metade, ainda assim não dá pra ficar satisfeito. “Eu comprava um cento de banana e já não dá mais. Estou comprando meio. E a banana pequena custa R$ 25, fica sem condições”, disse Romualdo Nunes

Para José Gomes, que é dono de um mercadinho, a alta dos preços tem feito com que o consumidor compre menos o que aumenta o desperdício. “Estou sentindo no bolso, porque não vende. Aqui compramos em grosso, mas lá vendemos em varejo, daqui que se venda uma caixa de tomate perdemos de 2 a 3kg, porque o povo vai comprar pouco por falta de dinheiro”, descreveu.

Dados divulgados ontem pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) previa que a inflação para o mês de março, ficou em 0,95%, a maior para o mês em 7 anos. O resultado veio acima do esperado e foi puxado pela alta dos alimentos.

De acordo com o IBGE, alimentos e bebidas aparecem com destaque entre os produtos e serviços tiveram alta de preços, com taxa de inflação de 1,95%, acima do 1,20% de fevereiro.

Na feira de todas as semanas os itens com maiores altas são a cenoura (45,65%), o tomate (15,46%), as frutas (6,34%), a batata-inglesa (11,81%), o ovo de galinha (6,53%) e o leite longa vida (3,41%).

Como o transporte dessas mercadorias é feito por estradas, o aumento dos combistíveis também puxam esses preços para cima, mas os comerciantes estão criando estratégias para conseguir adquirir o produto um pouco mais barato e assim conseguir vender.

"A procura do consumidor também diminuiu um pouco devido ao preço. Não estão levando a mesma quantidade. Então, nós estamos criando alternativas para conseguir minimizar nosso impacto também. Estamos buscando os produtos em locais mais perto e dividindo o valor do caminhão. Cada semana é o caminhão de cada um", explciou o comerciante, Francisco Lau.

Mas a pechincha ainda é o melhor caminho para a redução dos preços. E a regra vale para todo mundo, inclusive para os comerciantes.

“A gente conversa com os fornecedores para pegar os produtos no preço mais baixo possível. Enquanto alguns aqui vendem cenoura a R$ 10, eu tenho um preço menor, mesmo ganhando só R$ 0,50, mas quero que meus cliente tenham mais acesso para usufreuir dos produtos”, disse o comerciante Kelvin Neto.

Banana está entre os produtos que tiveram alta de preços

Cau Rodrigues/g1

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